O Rubro-Negro superou o rival Fluminense, no Maracanã, e ficou com o título da Copa do Brasil Sub-17 2018.
O Camisa 11, um dos atletas de maior destaque na decisão, João Gabriel nem era nascido quando o time da Gávea conquistou a Copa Mercosul de 1999. Mas certamente já ouviu muito sobre essa história. O pai dele é o ex-jogador Lê, grande herói do time na decisão continental diante do Palmeiras. Leandro Coelho Cardoso estava na arquibancada do Maraca torcendo pelo filho e não segurou as lágrimas após o apito final do árbitro.
– A história se repete. Filho de peixe, peixinho é. A história dele foi feita, sou orgulhoso demais, ele sabe que é meu ídolo. Agora estou escrevendo a minha. Nada como uma final para mostrar isso – afirmou.
O histórico gol de Lê que resultou no título da Mercosul de 1999 completava dezenove anos e um dia depois, o ex-atacante brinca com esta época do ano.
– Dezembro me dá sorte, eu falei para ele. Mandei áudios dizendo: filho, tem tudo para dar certo. Tecnicamente você já sabe. Dá carrinho, mostra o que você pode dar para a torcida. Vamos acreditar que o João vai ser mais um com uma história. Eu escrevi uma página, quero que ele escreva três ou quatro páginas – destacou.
Agora na arquibancada torcendo pelo filho, Lê garante que o nervosismo é maior do que quando estava em campo. O ex-atleta, aliás, não quer apenas vitória, mas também se preocupa com a postura do filho e passa ensinamentos a ele.
– Só de saber que o João está feliz me deixa muito feliz. Quando a gente vira pai, a gente sonha o sonho dos nossos filhos. Vendo ele feliz, já estou realizado. Agora é ele fazer tudo diferente em relação a fora de campo do que eu fiz e ser feliz. A jogada que ele fez, o jogo que ele fez, se doando pelo Flamengo. Não é para mostrar para ninguém. Flamengo é assim – acrescentou.
A entrevista da dupla foi tomada pela emoção. Lê derramou lágrimas praticamente do início ao fim. O ponto alto foi quando João Gabriel ofereceu a medalha ao pai e fez questão e colocar o cobiçado objeto no peito dele. Dois campeões com DNA rubro-negro e vencedor. O clichê pede licença, mas isto só prova que “Craque o Flamengo faz em casa”.